por Ernando Coutinho, da terra fm - 87,9
Nesta terça-feira (8), é comemorado o Dia Internacional da Mulher, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, a data é comemorada desde meados do século 20. O Dia teve inspiração, principalmente, no movimento operário dos Estados Unidos e da Europa.
Essa data simboliza a luta das mulheres por direitos, reconhecimento e melhores condições de vida. A proposta de tornar a data internacional partiu de uma mulher chamada Clara Zetkin (1857-1933 - alemã, professora, jornalista, política e defensora dos direitos das mulheres).
Um marco histórico importante data de 1908, quando cerca 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução da jornada de trabalho, salário digno e direito ao voto. Em virtude dessas manifestações, no ano seguinte, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.
Na agenda da mulher do século 21, há a exigência de inúmeros direitos, ainda não conquistados em sua plenitude, entre esses direitos encontra-se a igualdade de gênero onde a representação política está inserida.
Apesar de representarem a maioria do eleitorado no Brasil, com 52,50% no ultimo pleito, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Elas ainda são minoria na representação política. Apenas 15% dos eleitos em 2020 eram mulheres.
Na Câmara Municipal de Capitão Poço, no nordeste paraense, a representação política feminina é de 27%. Isto é, apenas 4 cadeiras das 15 do parlamento municipal é composto por mulheres.
A terra fm procurou as vereadoras que representam o município de Capitão Poço para falar da importância da mulher na política, bem como dos principais obstáculos enfrentados por elas na engenharia política.
Das quatro vereadoras com mandato na Câmara, uma não respondeu: a vereadora Neide do Açaiteua (PTB).
VEREADORA MARÍLIA CASTRO (PSC)
De acordo a vereadora Marília Castro (PSC), que está no seu primeiro mandato na Câmara Municipal de Capitão Poço, aponta que é fundamental a presença da mulher na política.
“E essencial a presença da mulher na política, porque desta forma podemos estabelecer uma igualdade plena entre os seres humanos”, disse a vereadora.
Com relação aos obstáculos enfrentados pela mulher na política, a parlamentar declarou que “infelizmente a desigualdade é o principal obstáculo enfrentado pelas mulheres no meio político, mas vamos lutar diariamente para vencer esse problema”, completou a parlamentar.
VEREADORA MILENA MOTA (PSC)
Conforme a vereadora Milena Andrade (PSC), que está no seu primeiro mandato no Legislativo Municipal, eleita em 2020, entende que “partindo do preceito que as mulheres são maioria no total do índice populacional, faz-se necessário essa representatividade feminina nos espaços de poder e de decisão, porque infelizmente ainda somos minoria no âmbito político. Como afirmou a presidente do Chile, Michelle Bachelet ‘Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política’”, justificou a vereadora.
Em que pese aos obstáculos da mulher na política a vereadora asseverou “o principal obstáculo é cultural, as mulheres foram criadas para cuidar e o homem para prover, mas com muita luta e conquistas, as mulheres estão mudando esse cenário, e conquistando cada vez mais esses espaços, exemplo disso é que no dia 24 de fevereiro, comemorou-se os 90 anos de conquista do voto feminino. É mais uma data importante a ser lembrada. É mais uma conquista! Por isso, e por todos os outros motivos este dia precisa ser comemorado”, completou a parlamentar.
VEREADORA TOINHA DO EDILAMAR (SOLIDARIEDADE)
Para a vereadora Toinha do Edilamar (SOLIDARIEDADE), que está no seu primeiro mandado na Câmara Municipal de Capitão Poço – afirma que “a importância da mulher na política, ocorre, principalmente, porque está comprovado que a mulher é capaz de trabalhar. Trabalhar, fazer projetos, requerimentos e, sem dúvida nenhuma, a mulher é fundamental na área da politica”, ponderou a vereadora.
Ainda de acordo com a vereadora, “o maior obstáculo é o preconceito que algumas pessoas têm com a mulher. Por exemplo, algumas pessoas acreditam que a mulher não tem o direito e a competência de exercer certos cargos na administração pública. Portanto, o principal obstáculo, sem dúvida nenhuma, é o preconceito contra nós mulheres na política”, concluiu a parlamentar.
